A psicopedagogia no contexto hospitalar
A
psicopedagogia hospitalar, promove o acompanhamento e desenvolvimento da
aprendizagem, e as capacidades cognitivas e emocionais, dos indivíduos
hospitalizados, em especial as crianças. A situação de hospitalização, altera a rotina
e o emocional não só da criança em tratamento, mas também da família. Trabalha
as incertezas, os medos, e toda esta atmosfera que pode afetar a criança. Desta
forma, é importante ressaltar a importância de existir uma linha da
psicopedagogia que trabalha esta subdivisão.
Ela
é trabalhada de forma multidisciplinar no ambiente hospitalar, e se divide em alguns
níveis, sendo um deles a classe hospitalar e ludoteca e/ou brinquedoteca
hospitalar, sobre o qual iremos falar e elaborar uma proposta prática, a ser
desenvolvida junto à equipe. A classe hospitalar é a garantia que se dá, à
criança hospitalizada, em dar continuidade aos seus estudos, mesmo que esteja
internada. Esta oportunidade é garantida por lei, e conta com o apoio da
psicopedagogia, que de forma multidisciplinar, funciona como um link entre
hospital - criança – família e escola. Fazem parte da classe escolar, a parte
pedagógica proporcionada ao aprendizado do conteúdo escolar da criança, e
também participam deste conjunto, a parte lúdica, o momento que a criança
precisa se desligar um pouco do peso da rotina enfrentada com o tratamento, e
explorar seu aprendizado através de atividades prazerosas.
Trabalhar
a ludicidade, é trabalhar a criatividade, exercitar a arte de ensinar (e
aprender) através do lúdico, que pode estar na música, no brincar, na dança,
nos livros e outras atividades que desenvolvam a imaginação.
A
ludicidade, aplicada em crianças hospitalizadas, ameniza o impacto desta
mudança brusca de ambiente, e ajuda sua aceitação ao processo de tratamento. A
brinquedoteca é o espaço destinado à prática desta ludicidade, é o recinto
físico criado no ambiente hospitalar, que proporciona a diversificação de
atividades voltadas para o desenvolvimento e abstração da criança, através de
brincadeiras, histórias, cores, sons, e todos os objetos que possam influenciar
de forma positiva em seu tratamento, aliviar o peso emocional, e conduzir a
criança ao seu seguimento com a aprendizagem.
De
acordo com Oliveira (2011), as brinquedotecas vêm a ser espaços privilegiados
de crescimento pessoal, social e cultural, uma vez que criam condições do
brincar livre e espontâneo, inclusive pelo outro, num ambiente onde ela se
sente confiante.
Vale ressaltar, que, dita o Ministério da Saúde, que é obrigatoriedade a instalação de brinquedotecas nas unidades de saúde que ofereçam atendimento pediátrico em regime de internação, de acordo com Lei nº 11.104, de 21 de março de 2005 (Brasil, 2005).
Referências bibliográficas
ATKINSON,
P.A.T. Uma breve história das brinquedotecas. In: OLIVEIRA, Vera Barros de.
(Org.). Brinquedoteca: uma visão internacional. Rio de Janeiro: Vozes, 2011. p.
36-51.
COSTA, A. C. C.; SANTOS NETO, J. O. A. Brinquedotecas e ludotecas: ambientes para a mediação da leitura no paraná.
OLIVEIRA,
Vera Barros de. Rituais e brincadeiras na brinquedoteca. Vetores de crescimento
pessoal, social e cultural. In: OLIVEIRA, Vera Barros de (Org.). Brinquedoteca:
uma visão internacional. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
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