O psicopedagogo no contexto educacional - A importância do vínculo
Análise reflexiva (filme - Escritores da liberdade)
Eva Benitez,
presencia ao longo de seu crescimento, um cenário de violência, onde conflitos
raciais de todas as formas, são acionados a todo tempo, contra latinos, negros,
asiáticos...
Dentro de um
contexto desfavorecido do ponto de vista socioeconômico, a menina se vê
obrigada a juntar-se ao grupo, e após testemunhar atos de violência dentro de
sua própria família, desenvolve uma revolta, especificamente contra os brancos.
Erin
Grunwell, uma jovem e dedicada professora, começa a lecionar na escola onde Eva
estuda. Uma escola chamada de integrada, uma escola multiétnica e de maioria
com modestas condições socioculturais e econômicas.
A violência
faz parte do cotidiano dos alunos, e a professora percebe que terá um grande
desafio pela frente. Assim como na comunidade, na escola existem os “guetos”,
formados por grupos de negros, asiáticos, brancos, latinos, e que não se
relacionam entre si, salvo para brigas de gangue. A escola se chama integrada,
porém o processo de divisão étnica continua exacerbado.
A professora
trava uma batalha para ajudar os alunos, frente à difícil realidade em que
vivem. É necessário a prática da empatia para entender seus lados. A professora
sai da zona de conforto, identifica as principais causas de suas dificuldades,
e as diferentes formas com que pode trabalhar e cativar a atenção de todos.
O filme
revela a importante função do educador, e nos mostra a importância do olhar
psicopedagógico no contexto escolar. A professora Erin, assume o papel do
psicopedagogo, com um olhar individualizado, entendendo o foco do problema, e
chega à conclusão de que todos ali passam pelo mesmo tipo de dificuldade. Ela
se aproxima dos alunos primeiramente usando a técnica de aceitação no grupo,
com um objeto comum e confortável a todos, a música. Aos poucos consegue se
mostrar mais próxima.
Desenvolve
uma atividade importante para conhecer melhor a história de vida de cada um,
sem constrangê-los. Utiliza um caderno como forma de diário, onde cada um vai
escrever sobre suas tristezas e alegrias, e quem quiser compartilha com ela.
Realiza uma atividade em sala de aula, dividindo a turma, e através de
perguntas sobre o cotidiano, os faz perceber que todos possuem problemas e
causas em comum, desta forma ela desenvolve a identificação e afinidade entre
os colegas.
O momento
mais especial, é a excursão ao museu que fala sobre o holocausto, onde os
alunos conhecem, e entendem sobre a maior atrocidade humana, realizada contra
um povo, e dando a oportunidade de ouvirem a história de alguns sobreviventes.
Os alunos se chocam, se comovem, e enxergam que o melhor da vida está em viver
comungando solidariedade e fraternidade com o próximo.
A professora
consegue estabelecer a confiança através do vínculo, e estabelece o respeito
entre os alunos, e consequentemente atribui auto estima e a vontade de mudança.
O desempenho da classe apresenta uma melhora significativa, e a professora
consegue dar início ao processo de transformação, tão necessário na classe
apresentada.
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